O amor clichê


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É muito fácil falar de amor quando se sente, é muito bonito, muito clichê também. É grande o amor que "cabe nessa janela sobre o mar...", É "fogo que arde sem se ver..." Amor é bem visto quando todo mundo sabe a fonte, a fonte do poema, da frase feita... O amor é muito bonito quando citado, ele "não prende, não escraviza nem aperta nem sufoca" Ah que bonito é "o amor breve..." tão breve quanto a vida de uma gailnha. Sem falar dos grandes amores, que "são como estrelas, você não sabe onde elas estão, mas sabe que existem" Quem aqui não sabe onde está uma estrela? Bem, eu sei... E no amor que "ninguem vê mas pode sentir"? Esse é espetacular! Você na maioria daz vezes só sente, mas não vê mesmo. E se por isso amor for bonito, isso não tem nada de bonito... E quando se ama o "perdido deixa confundido este coração"? Esse é confuso, como já foi dito... E quando Pessoa disse "que o amor, e não o tempo, é que cura todas as feridas" que absurdo! Perdeu a chance de ficar "calado". E o mais interessante é o amor das redes sociais. Cade o poeta do novo século, da nova geração? Alguém se habilita? Esse amor é ainda mais confuso contudo mais bonito, mais fofo, mais doce e menos verdadeiro, claro! Amor que todo mundo vê e ninguem sente é o que? E quando o amor vai e volta como um clique, é amor também? Me diz qual é o amor que não nasce da convivência? onde é que tem, eu quero também.

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